terça-feira, 5 de julho de 2011

Texto software livre

SOFTWARE LIVRE

Noelly Terezinha Martins
Pedagogia- UNICENTRO

Introdução
Neste artigo pretende-se mostrar um esboço de Software Livre aplicado na educação. Onde irá ser retratado o seu surgimento e funcionamento; a sua contribuição na inclusão digital e os respectivos problemas encontrados na sua implantação.
O software livre é um programa sem restrições de uso e em conseqüência dessa liberdade de uso sem custo, o mesmo está sendo utilizado como ferramenta educacional auxiliando o aluno no aprendizado. O programa propicia a inclusão digital por meio da informática educacional. Enfatiza-se, então, que o Software Livre Educacional é de suma importância para a educação, no contexto em que vivemos hoje, em que a sociedade encontra-se vinculada com as novas tecnologias. E o SLE é fruto dessas novas tecnologias que estão sendo revertidas em prol da educação.
A definição de Software Livre
Hoje vivemos em uma época na qual o desenvolvimento tecnológico alcançou níveis expressivos e, a nossa sociedade, consequentemente, encontra-se vinculada com as novas tecnologias. Esta disponibilidade tecnológica proporciona o suporte necessário para o desenvolvimento de aplicações educacionais, dentre as quais se encontra o Software Livre Educacional (SLE).
Primeiramente vamos entender o que é software livre, para depois podermos compreender a sua união com a educação. O Software Livre iniciou em 1983 quando Richard Stallman construiu o programa GNU e, posteriormente, à Free Software Foudation (A Free Software Foundation é uma organização sem fins lucrativos, que se dedica à eliminação de restrições sobre a cópia, redistribuição, estudo e modificação de programas de computadores).  Podemos considerar Software Livre o programa que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição. A forma usual de um software ser distribuído livremente é sendo acompanhado por uma licença de software livre (como a GPL ou a BSD) e com a disponibilização do seu código-fonte.
     Com a disponibilização do código fonte você pode fazer modificações e usá-las privativamente no seu trabalho/lazer. A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica; em qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade especial.
O software livre é um programa que vai nos ajudar a chegar até nas camadas mais desfavorecidas da sociedade por não ter um valor simbólico e ser de fácil acesso. Diante dessa facilidade no acesso ele vai nos possibilitar livre troca de conhecimentos, de pensamentos, (através das redes sociais e desenvolvimento de programas relacionados à interatividade humano computador) e a uma autonomia para modelá-lo de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
Como o SL é de fácil manuseio foram desenvolvidos programas de SL como material didático. O software educativo busca atender e promover a aprendizagem, a demanda cognitiva para a aquisição do conhecimento e a construção de relações e conceitos. No SLE podemos desenvolver atividades que vão se adaptar aos diferentes tipos de alunos, que respectivamente tem dificuldades diferenciadas. Nesse processo aluno- software-aprendizagem vê-se um interesse dos alunos pelo SL e também a necessidade de se criar SL com uma metodologia mais pedagógica do que a atual. Segundo Campos et al. (1998) entende que “os produtos de software devem refletir os objetivos educacionais propostos e o ambiente de aprendizagem almejado, criando situações que estimulem o desenvolvimento das habilidades almejadas”.

Inclusão Digital e o Software Livre Educacional

Com base no que vimos deu para perceber que o SL é de fácil acesso, portanto na educação brasileira é um programa inovador. Pois como sabemos nem todas as nossas instituições de ensino têm condições de apresentarem materiais didáticos diversificados aos seus alunos.

Assim, o SL com fins pedagógicos está contribuindo para que os alunos tenham contato com algo distante do seu cotidiano escolar, onde as aulas e as atividades serão realizadas por meio de computadores. Também irá proporcionar a troca de conhecimentos entre os alunos através das suas experiências com a informática educacional, onde vai ser exposto um leque de atividades que contempla as especificidades de cada um, por isso a importância da utilização do software livre.

Em Silveira (2003) contempla a idéia de que utilizar programas para computador considerados livres garante uma economia na aquisição de licenças de uso. E, portanto, facilita à implantação de projetos de inclusão digital, ele basicamente atuaria como agente de combate a exclusão digital.

Quando falamos em programas que tem como referência a inclusão digital, deve ser levado em conta o seu caráter de acesso livre, como o SL,que passa a  ser também inclusão social. Estamos vivenciando um momento em que as novas tecnologias estão altamente vinculadas ao cotidiano de muitas pessoas e o perfil dos usuários que se beneficiam dos recursos tecnológicos é cada vez mais heterogêneo. Devido a essa heterogeneidade nasceu a preocupação em criar SL para pessoas portadoras de deficiência. No ramo da educação, o SL não proporciona a acessibilidade à educação para todos, pois o mesmo deve ser colocado a serviço ético da qualidade de vida das pessoas, respeitando suas limitações.
Assim, um projeto de software educativo precisa de definições de requisitos que vão além do contexto imediato de uso, mas perpassam decisões sobre conteúdos, envolvendo seleção, escolha dos tipos de conteúdos, seqüências, organização visual e didática, assim como, adaptação aos diferentes tipos de usuários. Nesse aspecto, queremos destacar que, por tipos de usuários não estamos apenas nos referindo à faixa etária ou estilos cognitivos, mas também necessidades especiais que os mesmos possam apresentar: surdez, deficiência, visual, dislexia, déficit de atenção, entre muitas outras existentes na sociedade.
Problemas encontrados na sua implantação
            A implantação do software livre está encontrando barreiras nas escolas públicas devido à má infra-estrutura que se encontram os laboratórios de informática, e até mesmo escolas que nem possuem laboratórios. Diante dessa situação como que a informática educacional, juntamente com seus materiais, irá se instalar e propiciar aos alunos uma educação que estabelece vínculos com as novas tecnologias.
            Nas escolas em que os laboratórios já foram implantados vemos que há a falta de manutenção dos mesmos. Também existe a falta de uma equipe bem preparada para orientar alunos e professores na sua utilização. Um grande passo é PROINFO, porém os professores não o levam a sério. O que falta é os professores verem que a informática educacional, juntamente com seus recursos pode ser um meio de transformação de ensino.
Também deve ser avaliado a preparação dos professores em como ministrar aulas, e o momento certo para introduzir o SL, como material didático de forma dinâmica e promovendo a interatividade entre o aluno e o computador.
Conclusão
Concluímos, então, que o uso do Software Livre abre um leque de oportunidades para o ensino por meio da informática educacional. Sendo um programa que é disponibilizado como material didático e ainda contribui para a inclusão digital e social, por não ter custo na sua implantação e  termos a possibilidade de modificá-lo de acordo com a necessidade de cada individuo com a disponibilização do código fonte.
O que nos deixa frustrados é a falta de infra estrutura nas escolas e a má formação dos professores para com essas tecnologias, formando uma barreira frente a inclusão do Software Livre Educacional. Mais uma vez a educação brasileira tem tudo para dar um grande salto, o que falta é a vontade de uns e a competência de outros.

Bibliografia 
BASSANI, P.; PASSERINO, L. M. PASQUALOTTI, P.R. et AL. Em busca de uma proposta...In: Revista RENOTE. V. 4, n. 1. 2006. Disponível em <http://seer.ufrgs.br/renote/search/results:>. Consultado em 05/04/2011.
CAMPOS, Augusto. O que é software livre. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006. Disponível em <http://br-linux.org/linux/faq-softwarelivre>. Consultado em 05/04/2011.
MÌRIAN, B.; RIGO, S. J.; FAGUNDES,É. Desenvolvimento de software livre e inclusão... In: Revista RENOTE. V.5, n.2 (2007). Disponível em <http://seer.ufrgs.br/renote/search/results:>. Consultado em 05/04/2011.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Software Livre e Inclusão Digital. Rio de Janeiro: Conrad, 2004.

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